VOZ(ES) FEMININA(S) NEGRA(S) NA LITERATURA INFANTOJUVENIL E PEDAGOGIA ECO–ANCESTRAL EM ASHANTI, NOSSA PRETINHA
Palavras-chave:
Escritura femenina negra-brasileña. Pedagogía Eco–Ancestral. Literatura infantil antirracista.Resumo
O presente artigo referenda um recorte de pesquisa de Mestrado Profissional (PPGFP-UEPB), na Escola João XXIII, instituição do campo no município de Pocinhos-PB, que tem objetivo discutir a importância da autoria negro-feminina na literatura infantojuvenil numa perspectiva antirracista e decolonial a partir da análise da obra literária Ashanti, nossa pretinha (2021), de Taís Espírito Santo, e enveredar no entrelace entre Literatura e a Pedagogia Eco–Ancestral na construção literária infantojuvenil para (re)construções identitárias das crianças e das infâncias de maneira positiva, de forma a combater o racismo vivenciado no contexto da sociedade. Utilizamos abordagem metodológica bibliográfica e descritiva, alicerçada na pesquisa-ação. Partimos de estudos literários e análises de documentos relativos à temática étnico-racial, seguidos das narrativas vivenciadas com oficinas literárias numa turma de 5º ano de uma Escola do Campo. Usamos como aporte teórico a Lei Federal 10.639/2003, e autores como Oliveira (2019), Duarte (2011) e Ribeiro (2017). A partir deste estudo constatamos o papel preponderante que a literatura infantojuvenil de escrita negra feminina tem na (re)construção e (re)existência da identidade e dos corpos negros no contexto infanto-juvenil e corrobora na construção de um pensamento crítico e reflexivo de forma positiva e empoderada sobre a negritude e a identidade negra; ela promove essas ações entrelaçada com a Pedagogia Eco-Ancestral, de forma a combater o racismo institucional e a necropolítica social.